Promovido pelo Movimento Bem Maior e Banco Santander, o evento denominado Legado reuniu ontem, 25, empresários de todo o Brasil, no Teatro Santander, em São Paulo, com o objetivo de fomentar a cultura da doação também no pós-pandemia. Ao todo, mais de mil representantes do setor empresarial e social estiveram presentes. Entre eles, o apresentador Luciano Huck, o fundador da Cyrella, Elie Horn, o presidente do conselho de administração do Santander, Sergio Rial, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, o fundador do Marfrig Marcos Molina, Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Preto Zezé, presidente da CUFA, Djamila Ribeiro, filósofa e Rodrigo Mendes, superintendente do Instituto Rodrigo Mendes (IRM). A Associação Nacional das Universidades Particulares – ANUP (idealizadora da Rede Mondó) esteve presente representada pela presidente Elizabeth Guedes, pela gerente de responsabilidade social Julia Jungmann e pela Diretora Executiva da Rede Mondó, Carolina Maciel. O momento foi chamado de Legado, numa referência ao que a filantropia sistematizada pode realizar no Brasil ao longo dos anos.

Para a diretora executiva do Movimento Bem Maior e membro do conselho deliberativo da Rede Mondó, Carola Matarazzo, o evento Legado trouxe atenção à importância da filantropia no Brasil. “Uma sociedade civil fortalecida por meio da filantropia estratégica tem a capacidade de gerar oportunidades e agir proativamente em questões crônicas e contemporâneas tão necessárias”, afirmou a executiva.

Segundo dados do Gife (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), divulgados à plateia, historicamente, o padrão de “generosidade” deixa a desejar no Brasil. Somente 0,2% dos brasileiros têm costume de fazer doações. As pessoas mais humildes realizam mais doações e os mais ricos doam quantias equivalentes a um terço do que doam os mais pobres, proporcionalmente à renda, apesar de concentrarem a riqueza nacional (cerca de 1% detém um terço da renda brasileira).

No momento em que a desigualdade no Brasil aumenta, um dos principais pontos das discussões é criar mecanismos para que se reconheça o poder e a potência da doação para reduzir a desigualdade estrutural do país. A filantropia, nesse contexto, pode e vai dar suporte para que sejam atenuadas as carências e deficiências de serviços e produtos básicos, ampliando, a saúde, o bem-estar, e produzindo caminhos para o desenvolvimento da mobilidade social, especialmente com iniciativas na educação.

Confira o evento Legado na íntegra: